Os fluxos informacionais se constituem em elementos essenciais para as organizações impactando consideravelmente a atuação dos profissionais, dentre eles, o arquivista. O mapeamento e reconhecimento destes fluxos resultam em insumos para a execução de todas as atividades arquivísticas. Inclusive, Nascimento (2014) em sua dissertação de mestrado e
Nascimento (2019) em sua tese de doutorado apresenta a importância do conhecimento destes fluxos para as organizações e para Arquivologia. Diante de grandes quantidades de documentos, informações e conhecimentos que transitam nos ambientes organizacionais valorizar estes fenômenos garante efetividade no desenvolvimento das ações, bem como o alcance de diferenciais competitivos para as organizações. Na literatura percebe-se várias discussões a respeito do mapeamento de fluxos informacionais, alguns destes autores são Lesca e Almeida (1994), Nuñes Contreras (1981), Buckland (1991), Castells (2001), Villardefrancos (2002), Pletsch (2003), Bellotto (2004), Valentim (2010), a norma ISO 26122 (2008), Vital, Floriani e Varvakis (2010), Inomata (2012), Bueno (2013), porém na área de Arquivologia muito ainda pode ser construído a fim de instruir os arquivistas em suas atuações profissionais e facilitar a compreensão de problemas e erros ocasionados pela falta de gerenciamento destes fluxos. A economia é movimentada pelos ambientes organizacionais, ou seja, a importância destes ambientes impacta todas as áreas de atuação profissional, portanto desenvolver melhorias e garantir maior eficiência de seus processos passa a ser uma busca constante para garantir diferenciais competitivos. “Tal fato só se faz possível por meio do valor estratégico que é inerente a determinados tipos de informação propiciando a construção de conhecimento que atualmente se constitui no ativo intangível mais precioso para uma organização” afirma Nascimento (2019, p. 21). Os ambientes organizacionais são permeados de fluxos informacionais, já que abordam a dinâmica da informação e do conhecimento em determinados ambientes. Para Inomata (2012) os fluxos de informação se constituem em processo cuja dinâmica envolve uma sucessão de eventos, que envolvem um ponto de partida, a mensagem e o destino para informação, isto é, um ciclo contínuo que depende de um conjunto de elementos (atores, canais, fontes de informação e tecnologias da informação e comunicação) e aspectos que influenciam no processo informacional (barreiras, escolha e uso da informação, necessidades informacionais e velocidade).